Hoje
eu acordei com uma vontade de escrever. Eu pensei em escrever na escola, mas
não sabia o que pois as palavras me faltavam. Então, mais tarde eu pensei em
escrever no ônibus azul onde eu tinha palavras de sobra. Mas estava perdendo o
foco de tantas palavras. Então aqui estou eu novamente tentando organizar tudo
ou pelo menos parte disso.
Alguns
meses atrás eu estava na minha antiga escola. De tudo que aconteceu lá, eu
tenho tantas lembranças boas! É tanta coisa que aconteceu que não dá para
narrar em apenas um texto pequeno. Lembro-me de dias nublados realmente bons
sem preocupação nem nada do tipo. Lembro-me de dias ensolarados que já não
foram tão legais, mas olhando agora de longe foi até bom... Lembro-me de
pessoas que apareceram e foram embora, mas não levo isso pra um lado ruim.
Algumas pessoas devem mesmo ir, não seria certo se ficassem. Voltando para o
lado mais positivo, lembro-me das coisas que compartilhei ou que foram
compartilhadas comigo. Lembro-me da minha amiga mais antiga que já não vejo tem
algum tempinho e lembro-me como era bem antes, tudo tão perfeito. É estranho
pensar no passado assim. Apesar de “alguns” dramas... Era tudo perfeito!
Mas
tudo parece ter tanto tempo. Aconteceu tanta coisa em tão pouco tempo, em
poucos meses minha vida mudou e eu nunca imaginei que seria assim. Mas isso é
óbvio, ninguém tem a capacidade de prever o futuro.
Mais
pessoas entraram na minha vida, então uma em especial entrou exatamente três
meses atrás. Meus dias pálidos tomaram cor. Meus dias nublados ficaram
melhores, e passei a gostar mais dos dias ensolarados. Foi tudo tão bom! Me
deixou mais leve, como antes. Então eu não sei o que aconteceu. Ou sei. Não tenho
certeza, apenas imagino. Essa é mais uma coisa que eu sinto falta. Mas de todas
as coisas que eu sinto falta, eu acho que não voltaria em nenhuma. Por quê?
Algumas coisas devem ficar no passado, outras simplesmente não voltam e tem
coisas ― como meus momentos com minhas melhores amigas ― que mesmo não voltando
a acontecer como antes, pode ser repetido ainda melhor...
Bom,
eu não continuei e mudei o foco de novo, mas continuando... Mudou tudo de
repente. Um mês atrás nos afastamos assim. Não sei o que queria dizer, não sei
o que se passa na cabeça dele, não sei mais de nada. Não faço ideia do que foi
isso pra ele e mesmo se ele dissesse agora, eu não sei o que eu pensaria, mas
acho que para ele foi apenas um momento que já passou. Não gosto de situações
assim porque quando eu gosto de alguém, eu gosto de verdade. E quando eu tento
não me jogar de cabeça, logo percebo que já me joguei e estou bem lá no fundo,
ou não, porque na verdade parece que não tem um fim. É como um universo. Eu
posso até comparar isso com um abismo, mas acabo de perceber que estou errada.
O abismo pode ter sim um fim, assim como as profundezas de um oceano com
certeza deve ter, mas o universo não. O universo parece ser tão... Infinito.
Deu
vontade de concluir agora, mas ainda não acabei. Tanta coisa já aconteceu e
tanta coisa pode acontecer. Sei que repito muita coisa clichê por aqui, mas é
que tem coisa que preciso repetir. Eu gostaria que algumas coisas voltassem,
admito, mas não como antes. Pense bem, se alguma coisa deu errado em algum
momento no passado, e ela voltar exatamente como antes, com certeza ela vai dar
errado novamente. Por isso teria que ser diferente. Não, isso não quer dizer
que eu tenha esperanças que ele volte, porque certas coisas não voltam, mas
estou falando dessas coisas de forma geral usando algumas experiências que já
tive.
Farei
diferente dessa vez... No final colocarei o trecho de uma música porque não
sinto necessidade de concluir isso, não depois de “O universo parece ser tão...
Infinito” porque eu realmente não tinha pensado nisso quando comecei a escrever...
Então vou finalizar com um trecho de Don’t
let them see you cry, porque me identifico com ele em muita coisa que eu
escrevo...
“And I tried to write
in style
But
the words just come
And I write them as
soon as I see them”
